Desembargadora repreende advogados por erros de português em petição
Erros de língua portuguesa nunca são bem recepcionados, é verdade. No entanto, quem é profissional do direito é especialmente exigente com relação a isso. E com razão: saber lidar bem com a sua língua é o pressuposto (básico) para qualquer argumentação.
Todavia, devido ao ensino deficiente nas faculdades de direito, não é muito difícil localizar erros grotescos na prática forense.
Durante o julgamento de um recurso, ao se deparar com vários erros de português, a desembargadora Sirley Abreu Biondi do TJ/RJ não se omitiu: "Insta ser salientado que os advogados que assinaram as contra-razões necessitam com urgência adquirir livros de português de modo a evitar as expressões que podem ser consideradas como injuriosas ao vernáculo".
A peça continha erros claros de ortografia, como: "em fasse", "não aciste razão", "doutros julgadores" e "cliteriosamente", devidamente sinalizados e corrigidos pela magistrada.
A desembargadora não parou por aí e prosseguiu com a lição, mas dessa vez sobre o conteúdo jurídico da peça: "acrescenta-se ainda que devem os causídicos adquirir também livros de direito, à medida que nas contra-razões constam 'pedidos' como se apelação fosse, o que não tem o menor cabimento".
Mesmo depois de uma boa aula, os advogados não se deram muito bem: a magistrada negou provimento ao recurso.
6 Comentários
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Realmente, não tem cabimento um profissional poder atuar desta forma. Deveria have um exame da ordem periódico, aplicado a cada 10 anos. continuar lendo
Um profissional que trabalha diretamente com a elaboração de textos jamais poderia cometer erros assim. Ele tem que estudar é todo dia e não esperar 10 anos para o proximo exame. continuar lendo
É falta de comprometimento com a profissão. Se os advogados, que trabalham diretamente com elaboração de textos, não estão estudando, o que eles ficam fazendo ? continuar lendo
E minha habilitação para dirigir tem que ser renovada a cada 5 anos ... brincadeira isso! continuar lendo
Erros de portugues assim são inadimissiveis! continuar lendo